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Hérnia de Disco

Atualizado: 16 de dez. de 2021



A hérnia de disco ocorre quando o disco intervertebral (estrutura que fica entre duas vértebras, protegendo-as) se rompe e se desloca para trás, causando dor e, muitas vezes, compressão de nervo.


É uma patologia muito comum, com cerca de 2 milhões de casos por ano no Brasil. Um disco herniado pode ocorrer em qualquer lugar da coluna vertebral, sendo que os dois locais mais comuns são a coluna lombar (final da coluna) e a coluna cervical (pescoço).


ANATOMIA


A coluna vertebral é composta de ossos individuais (vértebras) e de discos intervertebrais, que são discos de cartilagem que ficam entre as vértebras. Ao todo, temos 33 vértebras na nossa coluna, sendo 7 na coluna cervical, 12 na coluna torácica, 5 na coluna lombar, 5 no sacro e 4 no cóccix. Em relação aos discos, eles têm a função de apoiar a nossa coluna e de atuar como amortecedores entre as vértebras.


TIPOS DE HÉRNIAS DE DISCO:


Elas se diferenciam em três tipos, dependendo do grau de lesão do disco e do descolamento do mesmo na direção do canal vertebral.

  • Abaulamento: deslocamento mínimo do disco, sem rompimento;

  • Protusão: deslocamento moderado do disco, porém ainda sem o seu rompimento;

  • Extrusão: ruptura da camada mais resistente do disco, gerando o extravasamento do seu conteúdo interno.

Todas podem causar sintomas (principalmente dor lombar e dor ciática), entretanto, não necessariamente, a extrusão discal vai causar mais sintomas do que a protusão ou do que o abaulamento.


QUEM TEM PREDISPOSIÇÃO A TER HÉRNIA DE DISCO?


Três fatores de risco são mais relacionados ao aparecimento de hérnias de disco:

  • Sedentarismo

  • Obesidade

  • Tabagismo


Outros fatores que têm associação são: má postura, hereditariedade, esforços repetitivos, atividades laborais e traumas na coluna.


SINTOMAS


Os principais sintomas da hérnia de disco são a dor lombar e a dor ciática (dor que irradia para glúteos e pernas, podendo estar associada à dormência nos membros).


Sintomas mais graves, coma perda de força nas pernas e dificuldade para controlar urina e fezes podem estar presentes.


EXAMES PARA O DIAGNÓSTICO


O principal exame para o diagnóstico de hérnia de disco é a ressonância magnética da coluna vertebral. Com ele é possível mensurar o tamanho da hérnia de disco, sua localização e a existência de compressão neurológica.


Outros exames complementares podem ser solicitados, como radiografia (para avaliar instabilidade e postura), tomografia computadorizada (para descobrir se há calcificação da hérnia) e eletroneuromiografia (quando há suspeita de outra doença neurológica).


TRATAMENTO


Hérnia de disco tem cura! E o tratamento é feito pelo médico especialista em Cirurgia da Coluna Vertebral, podendo ser dividido em tratamento conservador (sem cirurgia) e tratamento cirúrgico.


TRATAMENTO SEM CIRURGIA

Na maioria das vezes (90%), o problema se resolve sem a necessidade de intervenção cirúrgica, e o paciente pode controlar a dor com analgésicos e com medidas comportamentais, como repouso (idealmente, esse não deve ultrapassar 2 a 3 dias). Terapias como pilates, RPG, acupuntura, fisioterapia, dentre outras, são estratégias importantes para controle da dor e para o programa de reabilitação.


Antes de indicar a cirurgia propriamente dita, há a possibilidade de realizar um procedimento apenas com agulhas. Nesse caso, faz-se uma infiltração coluna, com uma solução de medicamentos. Nesses casos, geralmente, o paciente recebe alta hospitalar no mesmo dia.


TRATAMENTO COM CIRURGIA


A cirurgia só será indicada para a minoria dos casos (cerca de 5 a 10%). Ela tem indicação quando o paciente não melhora com o tratamento medicamentoso ou quando há uma perda de força significativa nas pernas. Vale ressaltar ainda, que, em casos selecionados, a cirurgia deve ser realizada em caráter de urgência, como na Síndrome da cauda equina.


A técnica cirúrgica mais utilizada para o tratamento da hérnia de disco lombar é a discectomia, que consiste na retirada da hérnia e na descompressão do nervo. Essa pode ser realizada pela via aberta (com auxílio de microscópio) ou pela via endoscópica.


ENDOSCOPIA DE COLUNA


Nos casos em que a cirurgia se torna indispensável, a cirurgia endoscópica da coluna é realizada por pequena incisão na pele, geralmente de 8mm, e o disco é abordado através de instrumentos que possibilitam a visualização das estruturas internas, a remoção delicada da hérnia e seus fragmentos e a descompressão dos nervos. Esta técnica possibilita uma cirurgia rápida, direcionada, segura e altamente eficaz, sem prejudicar os tecidos adjacentes saudáveis, possibilitando a alta precoce do paciente em poucas horas após o procedimento, sem necessidade de imobilização. A reabilitação precoce e retorno as atividades pode ocorrer entre 2 a 14 dias.


A HÉRNIA DE DISCO PODE VOLTAR APÓS A CIRURGIA?


Tanto na técnica endoscópica como na técnica aberta, o índice de recidiva da hérnia após a cirurgia é de cerca de 15%, porém essa taxa é variável na literatura.


Se ficou alguma dúvida, mande sua mensagem para o Dr. Plínio Linhares. Tel. Whatsapp: (85) 98182-1607 e (85) 98210-4143

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